Brás nasceu em Sebaste, uma cidade da Arménia, no fim do século III. Seus pais eram abastados e puderam facilitar-lhe os estudos até à especialização em medicina. Já médico, sentiu o chamamento de Deus a uma consagração cristã. Assim, deixou a sua vida e a sua própria terra indo para os montes, para uma vida solitária de oração e penitência. A sua fama de santo começou a espalhar-se na comunidade de Sebaste e, quando morreu o bispo, todos o aclamaram como novo pastor. São Brás só aceitou pela insistência dos membros da comunidade, porque desejava muito mais a vida retirada de oração e contemplação.
Mesmo como bispo, continuava a viver nos montes, vindo à cidade apenas quando as obrigações de pastor o exigiam. São testemunhados muitos gestos e milagres em favor dos mais pobres e enfermos.
Constantino e Licínio tinham ficado como imperadores do império romando do Ocidente e do Oriente, envolvendo-se em algumas guerras: Em 314 Constantino vence Licínio e deixa-lhe apenas a Tarcia e a Ásia. Então, Licínio por ódio a Constantino (que permitira o culto cristão em 313), começou a perseguir os cristãos, negando-lhes todo o direito, até mesmo o de se juntarem nas igrejas que tinham. Entre as vítimas desta perseguição deve colocar-se S. Brás que como bispo de Sebaste era muito conhecido pelo cargo e pelos milagres que fazia. Foi preso e propuseram-lhe que adorasse outros deuses. O Santo negou-se decididamente: "Não quero ser amigo deles, porque não quero arder eternamente com os demónios". Sofreu inúmeros suplícios e, por fim, degolaram-no. Era o ano de 316.
S. Brás é padroeiro contra as doenças da garganta, porque salvou a vida de um menino que estava prestes a morrer por ter engolido uma espinha de peixe. A devoção a S. Brás penetrou profundamente no coração do povo cristão.
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